São inúmeras, as situações oníricas em que eu estou sempre
em desvantagem e em que os outros fazem de conta que eu nem sequer existo.
Desta vez, num belo final de tarde de Sábado, fomos a uma
espécie de praia artificial. O grupo era muito heterogéneo. Até era composto
por um cão-guia.
A praia era muito estranha. Quase não tinha areia e nós
espalhávamo-nos por cima de uns bancos. Estavam ali pessoas da família, amigos
e pessoas que eu já não vejo há muitos anos e nem sei por que sonhei com elas.
Quanto ao cão, provavelmente já não existe também. Se existe já é muito
velhinho.
Íamos para a água. Estava na hora. Aquilo era uma espécie de
piscina. A água era quente.
Eu abria e fechava fechos de mochilas, tirava peças de roupa
que nunca mais acabavam, tentava guardar e verificar onde guardei os objectos
de valor, tentava guardar a roupa de maneira a fechar a mochila…e eles já lá
iam adiante. Por mais que eu corresse, eles cada vez se estavam a afastar mais.
Já andavam na água quente e azul da piscina quando eu finalmente cheguei.
No outro dia, o grupo era ainda maior e novamente ninguém
esperou por mim enquanto eu tentava guardar as coisas ou verificar se tudo
estava fechado. Achámos estranho não andar ninguém na água mas, assim que
colocámos os pés no local onde deveria haver água, constatámos que estava seco.
Devem-se ter esquecido de encher a piscina. Só pode.
Estas foram algumas das minhas peripécias oníricas de uma
noite em que me deitei cedo. Estava cansada. O dia tinha sido de intenso
trabalho.
No comments:
Post a Comment