Pois é, agora ando muito pouco de autocarro e este meu humilde espaço ressente-se das maravilhosas crónicas dessas viagens. Para matar saudades, relato mais uma peripécia de uma viagem de autocarro que fiz quando me deslocava a uma sessão de partilha de Reiki.
Mal coloquei o primeiro pé no degrau do autocarro e me dirigi para picar o cartão das senhas, franzi o nariz com um cheiro a excrementos, a vómitos, ou às duas coisas ao mesmo tempo. Alguém estava todo podre dentro do autocarro e eu segui com muito cuidado para não pisar alguma coisa desagradável. Como não vejo bem…
Junto à porta de saída, havia dois lugares vagos mas eu não sabia de onde vinha o cheiro que já me estava a incomodar. Por causa das coisas, sentei-me apenas na ponta do banco, pois claro.
Fui olhando para todos os lados, especialmente para debaixo dos lugares ao pé de onde eu estava. Algumas senhoras iam conversando como se o cheiro não as incomodasse.
Olhei para um banco e vi um casal que trazia um bebé. A mãe com o filho ao colo até ia de costas para a trajectória do autocarro, o que podia causar qualquer transtorno digestivo à criança. Já o pai estava no banco em frente e, a certa altura, pediu por escassos instantes a criança à mãemas logo lha voltou a entregar.
Talvez o bebé se tivesse mesmo sentido mal no autocarro e daí viesse o cheiro. Seria perfeitamente normal, dado ser bastante pequeno e a mãe seguir de costas. Qualquer pequena travagem podia causar esses transtornos. Admiro-me de o pai vir de frente para eles e no sentido correcto à trajectória do autocarro.
Quando saí na paragem para o ar puro da rua, respirei profundamente de alívio.
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