Viana do Castelo
acolheu as comemorações do vigésimo nono aniversário da ACAPO.
Mais de duzentas pessoas marcaram presença e não faltou a boa
comida, a animação com a música tradicional do Norte baseada nas
desgarradas e, claro está, o convívio entre os participantes que
aproveitam as ocasiões para estarem cara a cara.
No meu caso, para
além de também encontrar velhos amigos, falo de um reencontro
especial e comovente.
Toda a gente sabe
que o cão-guia é um animal especial que tem como missão auxiliar
as pessoas com cegueira total nas suas deslocações. Eu não sabia
que os cães-guia tinham uma memória incrível também. Fiquei
impressionada com o comportamento deste cão. Nem tenho palavras para
o descrever.
Antes de serem
entregues ao deficiente visual que vai ficar com eles, os cães-guia
que são formados em Mortágua são entregues a uma família de
acolhimento que cuida deles e os vai ensinando um pouco. Muitas
dessas famílias de acolhimento são de Coimbra. Em Julho de 2015 (vi
isso posteriormente pela data de algumas fotos) passeávamos pelo
Choupal quando vimos uma dessas famílias de acolhimento passeando um
cão-guia que ainda não tinha dono atribuído. Junto a uma árvore,
eu fiz festas a esse cão e tirei uma foto com ele. Perguntámos se o
cão já tinha nome e responderam que se chamava “Veleiro”.
Descreveram-no como sendo um animal muito dócil e delicado, ideal
para ser atribuído a uma senhora.
Três anos depois,
em Viana do Castelo, “Veleiro”- o cão-guia que esteve comigo
breves minutos no Choupal- veio ter comigo antes ainda de ir
cumprimentar o cão-guia do presidente da delegação da ACAPO de
Coimbra. Também eu tinha a sensação que conhecia aquele cão de
algures. Foi quando a dona me disse como ele se chamava que logo me
lembrei de onde o conhecia. Do Choupal. Fiquei impressionada com o
facto de o cão me ter reconhecido alguns anos depois e, sobretudo,
depois de nem cinco minutos ter convivido com ele.
Há coisas
incríveis.
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