Ultimamente, a
temática dos meus sonhos sofreu uma mudança que pude perceber sem
sequer fazer muito esforço para tal. Passei a sonhar com acidentes e
não encontro explicação para a inclusão deste tema onírico.
Limito-me a
descrever mais um destes sonhos que ultimamente me assolam e me tiram
o sossego.
Estávamos na note
de Ano Novo. Encontrava-me em casa e, a certa altura, deram a notícia
na televisão de um acidente horrível. O local do sinistro divergia
e o veículo envolvido também. Primeiro, o acidente dera-se na
Avenida Fernão de Magalhães em Coimbra. Depois já era algures num
sítio completamente desconhecido. Foi protagonizado por um pequeno
autocarro ou mesmo uma carrinha de nove lugares. Só uma coisa não
mudou ao longo do sonho- todos os ocupantes morreram.
Fui transportada sem
querer para o local das operações. Por mais que tapasse os olhos ou
virasse costas, não conseguia deixar de ver o rasto de lama e sangue
que o veículo deixou gravado no asfalto na sua cavalgada para a
morte. O amarelo fluorescente das vestes dos socorristas apresentava
manchas vermelhas do sangue das vítimas.
Outros veículos
encontravam-se ali parados. Estava ali um rapaz da minha terra e, um
pouco mais à frente, encontrava-se o Saleh Gomaa que estava em
estado de choque com tamanha carnificina que aquela estrada enlameada
semeou.
Acordei um pouco
assustada. Ultimamente tenho sonhado bastante com acidentes.
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