A Ordem dos Médicos
propõe acabar com os atestados de três dias por achar que, tais
documentos, levam a que uma enorme quantidade de pessoas recorra aos
centros de saúde e mesmo aos hospitais para que os médicos lhes
passem ou renovem esses atestados.
Se tal proposta não
passar de uma simples intenção, como fazer para justificar as
faltas nos locais de trabalho?
Eu acabo de ter uma
ideia brilhante. Bem, ideias vindas da minha pessoa não serão assim
tão brilhantes, simplesmente estapafúrdias. Neste caso, a ideia
surgiu quando eu resolvi sacar do telemóvel e tirar uma foto ao meu
olho só para ver como ele estava. Estava-me a doer imenso. Aqui a
questão é que eu raramente falto ao trabalho. Se calhar até de
rastos iria trabalhar.
Estamos na era das
novas tecnologias, das redes sociais. Tudo se sabe no momento em que
acontece, mesmo que as pessoas estejam tão distantes umas das
outras. Usar os telemóveis com as respetivas fotos para justificar
uma doença será uma ótima ideia. Assim os centros de saúde e as
urgências ficam só para quem tem problemas mais graves. Gripes,
indisposições, dores de cabeça, ressacas e afins serão
justificadas recorrendo a fotos ou vídeos.
Damos o exemplo de
alguém que falta ao trabalho porque está com febre. Tira uma foto
ao termómetro e envia para a entidade empregadora. Acho que só o
termómetro não chega. A pessoa tem de estar na cama com um pano
molhado em cima da testa e o termómetro enfiado na boca com a
indicação da temperatura virada para a câmara do telemóvel.
Sempre se pode questionar se o termómetro não foi colocado junto a
uma fonte de calor antes.
Justificar uma dor
de cabeça será mais difícil. As fotos ainda não produzem
sensações, pelo menos diretamente. Nem que a pessoa mostre um ar
sofrível perante as câmaras.
Se o trabalhador
caiu, se queimou ou se magoou de outra forma, isso é fácil de
justificar apenas com uma foto.
Aprovam a ideia,
meus senhores?
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