“Um homem pode
mudar do que quiser, menos de clube”. Isto é o mote para esta obra
da autoria de Joel Neto que conta a história de um açoriano que
veio trabalhar para Lisboa.
Para trás deixou o
seu pai e a sua terra- São Bartolomeu- onde juntamente com o seu
pai, festejava as vitórias do Sporting.
Um dia, farto de ver
o Sporting a perder, Miguel decide tornar-se benfiquista,
escandalizando os seus amigos e colegas de trabalho que também eram
do Sporting.
Ao mesmo tempo, uma
mulher misteriosa entra-lhe em casa, fazendo-o viver as mais tórridas
experiências íntimas. Fico com a ideia de ter sido a ex-mulher do
protagonista que a mandou lá ir. Parecia uma daquelas prostitutas de
luxo mas era a mulher quem deixava dinheiro a Miguel depois do ato
sexual, o que o intrigava bastante.
Indo de férias aos
Açores, o pai convidou Miguel para assistir a um jogo entre o
Benfica e o Sporting mas ele não tinha coragem de desiludir o pai e
lhe contar que agora era benfiquista.
Sobre esta obra,
devo dizer que é daqueles livros que não dão luta. Não houve ali
muito suspense, faltou algo mais para prender o leitor. O final
também deixa um pouco a desejar. Há coisas que não se ficam a
saber. Talvez seja por isso que este livro tem este título. Ficaram
algumas coisas sem resposta, realmente.
Também realço aqui
algo que para uma mulher como eu (louca por futebol) não faz muito
sentido. Então as mulheres ficavam nos carros a fazer malha enquanto
que os homens iam ver o jogo lá dentro? Dava a ideia de não as
deixarem entrar, de uma terra muito tacanha mesmo. Pela descrição,
dá mesmo a ideia de nem uma mulher estar lá a ver o jogo, quer no
estádio, quer no salão da coletividade lá do sítio. Um bocado
mau, no meu entender. Machista no mínimo.
Como nos Açores o
suspense esta fraquinho, vamos para Nova Iorque!
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