Sonhei que havia uma
atividade da ACAPO numa praia fluvial. Uma cantora que estava a ter
muito sucesso tinha sido convidada para abrilhantar o programa. Ela
chamava-se Cândida Sofia e estava em primeiro lugar com uma música
muito ordinária.
Eu não queria saber
da música dela para nada. Queria saber de andar na água, pois é
disso que eu gosto. Haviam umas pontes de madeira no rio. Disseram-me
que eu podia nadar até uma ponte que ficava mais distante mas, à
medida que eu avançava, a agua ia ficando menos profunda,
transformando-se em lodo e lama e não dando para nadar.
Agora o meu sonho
muda de rumo. Estou no meu quarto lá em casa sozinha a ler um livro.
Já há uns anos tive um sonho muito semelhante. Estou a ler um livro
de um autor português clássico. A certa altura, achei melhor parar.
Estava a ter uma sensação estranha e desagradável. Um misto de
tristeza, vazio, desolação, medo...Não compreendia o que se estava
a passar.
O sonho muda de
cenário novamente. Não estou só. Ali algures numa estrada,
concentra-se um enorme grupo que vai correr ou caminhar. Alguns
envergam coletes de guia. Ali encontram-se antigos colegas meus do
Desporto, atletas recentes que já não cheguei a apanhar, colegas da
ACAPO que nunca fizeram desporto e...colegas de trabalho. Havia
também imensos figurantes- pessoas que não consegui identificar.
Perfeitos desconhecidos que estavam a participar.
“Ainda por cá
andas?!!!”- saudei eu o Nuno Alves que reconheci no meio da
multidão. Ali estavam também outros que agora participam nos Jogos
Paralímpicos. Gente que eu não conheço nem eles me conhecem a mim.
Soou o tiro de
partida. O pelotão colorido começou-se a afastar. Eu ia com uma
colega minha de trabalho. Acho que ela era minha guia mas, a certa
altura, vendo todos se afastarem, já a arrastava. Berrei-lhe que
havia que apressar. Estávamos a ficar demasiado para trás e
podiamo-nos perder.
Por falar em correr,
mais uma semana de corrida se avizinhava ao toque do despertador.
No comments:
Post a Comment