Depois de se estar
longo tempo sem dormir, surgem aqueles sonhos completamente estúpidos
que controlamos parcialmente. Quem no seu perfeito juízo e no estado
de vigília fazia um disparate desses?
Sonhei que me
encontrava à beira da estrada perto de minha casa num início de
noite ventoso e a cheirar a fumo dos incêndios. Talvez o cheiro do
fumo tenha sido transportado da realidade para o sonho.
Do nada foram-se
acendendo pequenos focos de incêndio, parecendo chamas de isqueiro.
Eu ia-as apagando mas cada vez se acendiam mais e em lugares ainda
mais dispersos. Por fim, lá consegui apagá-las todas.
Depois de todas as
chamas apagadas, resolvi vir para dentro de casa. Quando me deslocava
para a eira, achei uma bota velha e molhada com atacadores. Cheirava
imenso a mofo. Era só uma, não tinha par.
O que fazer com um
achado desses? Depressa arranjei solução. Iria arremessar a bota
contra o primeiro veículo que passasse na estrada. A sorte coube a
uma velha motorizada que transportava duas pessoas. Ainda lhes
acertei de raspão e comecei-me a rir.
Acordei ainda a
pensar em tal loucura.
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