Tudo isto se passou
em escassas horas mas, para o subconsciente, foi o equivalente a
dias.
Sonhei que era já
noite quando fomos por uma estrada secundária aqui nos arredores de
Coimbra. Havia aqueles passeios avermelhados como há em certos
locais daqui. Eu seguia na frente. As outras pessoas eram
desconhecidas.
A certa altura, no
escuro, ouvi mexer. Junto ao passeio havia vegetação. Foi então
que pisei qualquer coisa. Olhei horrorizada. Era uma enorme cobra.
Acho que um egípcio nunca teria visto uma cobra tão grande. Não
era muito grossa mas era bastante comprida. Dei um salto.
Acordei e vi que já
havia claridade lá fora.
Mas as peripécias
continuaram. Ia para um evento qualquer e tinha de sair muito cedo.
Talvez fosse passar férias. Levava uma série de mochilas e acabei
por deixar as coisas no armário.
Havia um evento
festivo com muita dança e muita comida. Os participantes envergavam
todos camisolas laranja e dançavam animadamente. Eu dançava com um
senhor já de idade que era o Senhor António. Era desconhecido. A
certa altura, o Senhor António começou a suar abundantemente e era
inegável a palidez do seu rosto. Claramente não se sentia bem.
Parámos de dançar e houve um outro senhor que o carregou ao colo
para um local onde não estivesse tanta concentração de pessoas.
Ele desculpou-se dizendo que tinha-se levantado de madrugada para
trabalhar nas terras e sentia-se bastante cansado.
Afinal aquilo seria
um encontro de caminheiros. Havia novas regras. Em todas as
caminhadas, haveria um ou mais elementos do grupo a ficarem de fora
se acaso ficassem muito para trás. Ia sobrar para mim, estava a
sentir isso, mas sugeri que eu ficaria de fora sempre que houvessem
descidas íngremes.
Voltei para casa num
Expresso. Tinha deixado parte da bagagem no quarto e só trazia uma
mochila. O ar condicionado do autocarro ia ligado e sentia bastante
frio. Não tendo ali nada mais à mão para vestir, saquei de uma
camisola interior, só depois me lembrando que afinal tinha algo de
manga comprida para vestir. Mesmo assim parecia apática no que dizia
respeito a trocar de camisola.
O despertador tocou.
Quanto tempo terá passado entre os dois sonhos?
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