Sonhei que tínhamos ido para a colónia de férias em São
Martinho Do Porto, como de costume. Certa tarde, foi-nos apresentada hipótese
de ir a uma outra praia ali nas redondezas que não conhecíamos.
E lá nos aventurámos por terreno desconhecido. Para além de
mudarmos de praia, também nos tínhamos mudado de armas e bagagens para outro
estabelecimento onde havia uns elevadores manhosos, daqueles com que
frequentemente me deparo nos meus sonhos. Daqueles que nunca param no andar que
queremos e que descem ou sobem como loucos, com os números amarelos a piscar e
com informações alarmantes.
Neste sonho ia num elevador desses que nunca parou onde eu o
mandei parar. Vá, não desceu até sei lá onde. Subiu e desceu em segundos sem
nunca parar mas nada de ir até quase ao centro da Terra.
Depois lá fomos até à praia que consistia num terraço de
cimento com um muro que dava acesso ao Mar. E como fazíamos para tomar banho?
Saltávamos o muro? Não. O Mar é que saltava o muro e vinha até nós, mesmo que
não quiséssemos.
Eu apanhava banhos de Sol enroscada numa toalha. O resto dos
meus colegas afirmava que a água estava muito boa. Nisto vem uma onda, salta o
muro e passa-me por cima. A seguir veio outra e mais outra. Muitas se seguiram.
A água não estava fria mas não estava a gostar mesmo nada daquela praia.
A opinião dos meus colegas não divergia muito da minha. No
dia seguinte regressaríamos a São Martinho Do Porto.
Acordei. Mas que horas eram? Já havia muito movimento na rua
e o despertador ainda não tinha tocado. Afinal só faltavam três minutos para as
seis e meia.
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