Era para ser um sonho daqueles que muito me agrada ter.
Daqueles em que regresso aos meus momentos mais felizes e volto a equipar-me
para jogar Goalball ou praticar outra actividade desportiva.
Estávamos num pavilhão desportivo como muitos outros. Não
sei onde era aquilo. Só sei que estávamos a aquecer para mais um jogo de
Goalball. Eu já não jogava há muito e resolvi fazer uns remates para os meus
colegas defenderem.
Atrás de mim, enquanto balançava a bola, ouviram-se gritos e
um grande burburinho. Olhei para trás. O que vi deixou-me em estado de choque.
Um jovem aí com os seus catorze ou quinze anos jazia inanimado no chão. Toda a
gente corria na sua direcção e chamava o nome dele- Rui.
O que mais impressionava não era a sua imobilidade, era o
facto de haver no chão um charco de um líquido ensanguentado que lhe brotava do
nariz ou da boca.
Os meios de socorro foram accionados e transportaram Rui
para fora do pavilhão. Nós já nem continuámos. Aguardámos ali mesmo por
notícias que chegaram mais tarde mas não eram boas. Infelizmente, o Rui tinha
morrido. Ficámos muito consternados.
Acordei em minha casa. Já deviam ser mais de sete da manhã.
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