Estou indignada e um tanto ou quanto revoltada. Não. Não e por Portugal não ter passado à final de Sábado (isso já se sabia). É por a Islândia ter passado em detrimento da Bélgica e da Albânia. É que aquilo não é música, parece quase uma peça de teatro de revista ou algo assim e relembramos que se está num concurso para avaliar canções e interpretes. Francamente, esta gente não percebe nadinha de música e cada vez está pior. Espero bem que eles não ganhem.
Votei na Bélgica. Foi uma excelente interpretação e a voz única do cantor contribuiu para que eu valorizasse bastante a sua interpretação. Infelizmente há gente que ainda não consegue dissociar um bom cantor de uma boa imagem e isso por vezes trama aqueles que são menos abonados com a aparência física. Por isso é que o formato do The Voice contempla as provas cegas para que os mentores não se deixem levar pelo que o cantor é mas pelo talento que tem. Eu não estive com essas preocupações. Concentrei-me simplesmente no talento dele e mais nada. No fundo, isso é o que interessa mas esta gente que vota por essa Europa fora não pensa assim.
Também foi muito estranho a Albânia não ter passado. Foi uma das melhores intérpretes femininas da noite, na minha opinião, com uma voz melodiosa e uma boa presença. Mas enfim, preferem a música que mais destoou de todas, o que se há-de fazer?
Uma das questões que se coloca muitas vezes, especialmente para o fracasso de Portugal, prende-se com o facto de cantar ou não em Inglês. Nesta semifinal, para além da nossa canção, apenas o Montenegro não cantou em Inglês. Eu disse logo que ele não ia passar, com muita pena minha…mas passou e mereceu a passagem. Isto significa que ele tem de ser muito bom mesmo (e é). Poderá ser prejudicado na final de Sábado, se confrontado com alguém muito semelhante mas quando se é bom, vence-se cantando seja em que língua for, apesar de eu estar longe de concordar com uns cantarem em Inglês e os outros cantarem na língua materna.
Uma canção muito forte desta semifinal é a da Holanda. Foi a canção mais aplaudida(a da Hungria também foi mas por outros motivos). A apresentação estava original e a interpretação foi irrepreensível. Foi o último país dos apurados a ser conhecido e seria um escândalo se não passasse.
Já aqui tenho falado da Hungria. No concorrente húngaro talvez tenham votado as adolescentes histéricas que possuem tablets e IPads. Na plateia ouviam-se gritos histéricos de miúdas ali presentes. Ainda olhei a ver quando voaria uma peça de roupa interior para o palco mas tal não aconteceu. Talvez no Sábado. Digamos que se passou aqui o contrário do que se passou com o cantor belga. Um concorrente com um corpinho bem feito como o deste e com a voz do belga ganharia o festival, certamente.
E à enésima tentativa, a Valentina lá passou à final. Ela tinha dito que, se não passasse, deixaria de participar. O público fez-lhe a vontade. Para o ano cá teremos a Valentina novamente! O Festival Eurovisão já não passa sem ela.
E Portugal não passou à final. Que novidade! Não é por não cantar em Inglês ou porque não tem compadres na Eurovisão. É mesmo porque o público cá no burgo não sabe o que é música. Simplesmente isso. Houve quem não tivesse passado (já aqui o disse) que estava a milhas da nossa canção pela positiva. Também é certo que passou quem não merecia mas isso já é outra história que ainda está por explicar.
De referir que os indivíduos de quem eu falo, quando chamaram todos os concorrentes que passaram à final ao palco, espalharam ali o seu charme. Era ver os outros concorrentes vestidos de cores sóbrias, que isto é um evento sério (palhaços há-os no circo). Então era ver aqueles indivíduos vestidos de cores berrantes (penso que eles são quatro). Andavam ali de um lado para o outro aos saltos. Ainda não estou em mim por eles terem passado.
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