“Cantigas De Minar” (impressões pessoais)

 

Quem nunca teve um pai, uma mãe, mais frequentemente uma  ternurenta avó a cantar para nós adormecermos. No meu caso, era mesmo a minha avó com essa função. E tão  bem que me lembro que ela cantava…

 

José Tolentino Mendonça reflete neste pequeno texto sobre a importância dos pais ou dos avós cantarem para as  crianças adormecerem. Estão com este pequeno gesto a criar vínculos afetivos fortes.

 

As cantigas de minar funcionam como proteção face aos mistérios e á incerteza da noite. Sendo o sono algo visto como uma preparação para um sono mais prolongado que é a morte, não há muita diferença entre a génese das cantigas que se cantam para as crianças adormecerem e os cânticos fúnebres que têm como função guiar os mortos no sono eterno.

 

Seja como for, pais e avós, continuem a embalar as crianças com a sua voz. Elas irão sentir-se mais seguras, confortáveis, sem medo de enfrentar os desafios da noite e da vida pelos anos fora.

 

“Minha vida De Menina” (impressões pessoais)

Ver texto “Numa Cidadezinha Distante”.

 

Encontrei o livro que tinha prometido ler há uns dias atrás. O livro pelo  qual Elisabeth Bishop se apaixonou e a levou a visitar Diamantina, cidade onde se situa este diário escrito sob pseudónimo por uma adolescente brasileira chamada Alice.

 

Helena- nome que  Alice escolheu para seu alter-ego-  narra sobretudo a sua vida a partir do memento em que o seu pai lhe sugeriu que o fizesse.

 

Sem querer, este livro acaba por ser um testemunho importante da vida num Brasil acabado de se libertar da Escravatura e onde a pobreza abundava nas zonas mais de interior.

 

Como eu disse no outro dia, Elisabeth Bishop ainda conheceu Alice e seu marido que juntou todos os seus escritos e daí nasceu esta obra inicialmente publicada em 1942, ou seja, muitos anos depois de  Alice  os ter escrito.

 

Uma escolha acertada.

 

Noite de São Diogo

 

Disse Diogo Costa após o jogo de Portugal com a Eslovénia que este foi o jogo da sua vida.  Pudera! Foi o responsável pelo nosso apuramento.

 

Já sabemos que vamos ter de amargar com a França. Deixem lá! Em 2016 eles estavam mais fortes do que agora. A não ser que se estejam a guardar…

 

Portugal continua a criar oportunidades de golo absurdas sem conseguir concretizar. O instinto matador de Cristiano Ronaldo já há muito que se nota que caiu a pique com a idade. Os cinquenta golos que marcou na Arábia Saudita são enganadores. Com defesas que por lá há, até eu marcava. E não venha dizer que é a  melhor liga do Mundo. Eu bem vi logo no primeiro jogo que ele fez…

 

Era raro CR7 falhar penaltis e agora falha, por mais que tenha um grande guarda-redes pela frente como é Oblak. Antigamente não falhava.

 

Também não se dava á marcação e ontem o Jogador Número vinte E Um da Eslovénia meteu-o no bolso. A idade não perdoa. É a lei da natureza…

 

Valeu Diogo Costa que foi um  verdadeiro herói e manteve a baliza em branco durante o desempate por grandes penalidades. Já há muito que não via uma coisa assim.

 

Que venha agora a França!