Vejam lá o que o
meu subconsciente foi buscar para me subjugar, para me pejar de
vergonha e indignação. Para semear no meu interior a revolta e a
angústia.
Antes de mais, passo
a explicar em que contexto decorre este sonho. Pode parecer algo
estranho e despropositado, o que não é novidade nenhuma quando se
trata de sonhos. Deste eu sei como foi cozinhado.
Na Rádio Sim,
estava a ouvir assim por alto uma médica a falar sobre os testes do
HIV SIDA e da importância de toda a gente os fazer, deixando para
trás os preconceitos.
Mais tarde, passava
pelo Facebook e li uma notícia de dois idosos que fugiram de um lar,
não para irem ouvir metal para um qualquer festival como fizeram os
alemães mas...para irem a um bar de alterne para os lados de Vizela.
Tudo isto o meu subconsciente misturou.
Então eu via-me no
sonho a ser internada compulsivamente num local escuro. O corredor
estava iluminado mas o quarto de hospital estava escuro. Uma médica
ou uma enfermeira, com o ar mais
rogante deste mundo,
gritava-me que eu tinha de fazer os testes para despistar o HIV e
outras doenças venéreas, imagine-se.
Eu ia argumentando
que não estava a ver de onde poderiam vir esses vírus, uma vez que
não tenho desses comportamentos de risco. Ela dizia o contrário,
que eu podia ter doenças venéreas sem saber. Eu já fungava de
raiva. Por quem é que a criatura me estava a tomar?
E lá vinha ela com
seringas, agulhas e outros objetos tresandando a álcool. Eu ia
resmungando mas de nada me valia. Tinha mesmo de fazer aqueles
deprimentes testes. Era mesmo porque tinha de ser.
Eu estava a pensar
no que tinha feito à vida para merecer tal vexame quando acordei
ainda indignada mas, ao mesmo tempo, com um sorriso nos lábios por a
minha mente ter mexido tão bem este caldeirão para criar um sonho
tão despropositado como este.
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