Sonhei com uma
colónia de férias um pouco selvagem, com tudo ao molho mesmo. Todos
os dias era um problema para encontrar as coisas de quem quer que
fosse. À hora de dormir, com tudo no mesmo espaço, havia sempre
alguém que importunava o sono dos outros.
Assim estivemos
largo tempo. Era longe que nós estávamos.
Aí no último dia,
ainda não sabia os cantos à casa, digamos assim. É que não
dormíamos no mesmo sítio. Os sacos-cama eram mudados de lugar todas
as noites e era sempre uma batalha encontrar os pertences de cada um.
E os chuveiros? E as
casas de banho? Aquilo mais parecia a prisão. Eu planeava
levantar-me quando todos estivessem a dormir para me despachar.
Depois seria o degredo.
Já no último dia,
recebi uma chamada da minha mãe, cuja sua voz soava triste. Ela foi
dizendo que passou mal a noite e tinha uma perna paralisada. Eu
sempre fui dizendo que era melhor ela ir às urgências. Ao seu
jeito, foi dizendo que não era nada.
Acordei. Era dia de
descansar mais um pouco até mais tarde.
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