“Amanhã estarei
no Porto!” Foi isto que li no Instagram de um jogador que aqui
alinhou em Portugal na época passada e que, a confirmar-se o seu
regresso a Portugal, irá ter a oportunidade de brilhar mais uma vez.
O que mostrou na época passada deixou-me com vontade de querer ver
mais e, noutra equipa onde as coisas corram bem, pode realmente
mostrar o seu valor. É que o Nacional desceu.
E então onde é que
o meu subconsciente me levou? Ao Porto. Mas não era bem no Porto,
até porque eu conheço muito mal a Cidade Invicta. Andei por lá há
dias e nada mais. Então estas são as aventuras oníricas num hotel,
numa residencial, ou lá o que era.
Estava eu e o meu
grupo de amigos, quase as mesmas pessoas com quem passei o fim de
semana. Estávamos ali a passar férias mas o tempo não estava
grande coisa. Tínhamos de atravessar rotundas para irmos tomar as
refeições mas aquilo parecia mais Coimbra, imagine-se.
Numa ocasião, andei
às voltas dentro do hotel onírico e já não sabia onde era o meu
quarto. Fui por um lado, fui por outro, desci de elevador, subi as
escadas do lado oposto mas parece que tudo tinha mudado lá dentro.
Tinha mesmo de
encontrar o meu quarto depressa. Estava a escurecer e eu tinha lá as
minhas coisas e queria pôr o telemóvel a carregar.
Entrei num quarto
pensando ser o meu. Estava ocupado por duas senhoras que não eram
portuguesas mas elas foram muito simpáticas. Deixaram-me colocar lá
o telemóvel ligado à corrente e estivemos a conversar. Elas vinham
da Islândia. Com tudo isto já era tarde. Elas ligaram a televisão.
Estava a jogar Portugal com a Espanha. As equipas estavam empatadas a
três. Mas seria possível que já fossem sete horas da tarde?
Voltei a procurar o
meu quarto e voltei a entrar noutro que não era o meu. Um quarto
muito semelhante ao de onde tinha saído. Também ali estavam duas
pessoas. Dois rapazes. Sabem quem era um deles? O Saleh Gomaa. Na
altura não o conheci, pois tinha feito a barba. Vinha jogar cá para
Portugal novamente e estava ali para ser apresentado no dia seguinte.
Não entrei nesse quarto. Apenas fiquei à porta a observá-lo a
descansar estendido em cima da cama enquanto a chuva caía lá fora.
Distraída, esbarrei
no meu quarto que procurava toda a tarde. De lá vesti-me à maneira
de ir para a chuva...mas não me calcei. Assim que coloquei os pés
na rua, vi que estava descalça e a estrada já levava muita água.
Voltei atrás e ainda fiz pior.
Calcei uma pantufa
impermeável azul...mas não calcei a outra. Já ia na rua quando
voltei novamente para trás para me calçar corretamente. Cheguei ao
refeitório com os pés encharcados e toda a gente já estava a sair.
Olhavam-me com caras espantadas. Pois. Cheguei a umas lindas horas. O
incrível disto tudo é que o jogo tinha ficado exatamente no ponto
onde eu o deixei quando saí do quarto daquelas senhoras.
Quando ia pelo
caminho, lembrei-me que não tinha férias nesta altura do ano e que
me iam pedir satisfações no trabalho sobre onde eu tinha andado.
Naturalmente.
Felizmente ninguém
pede satisfações sobre onde andámos enquanto dormimos. Narro estas
aventuras de livre e espontânea vontade.
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