Sonhei que esperava o autocarro numa paragem recôndita num
local desconhecido. Era um Sábado ou um Domingo e já eram aí umas cinco da
tarde. Já ali estava na paragem há um bom bocado e vinha carregada, como
sempre, com sacos e mochilas.
Quando finalmente o autocarro chegou, entrei e logo comecei
a verificar se me tinha esquecido de alguma coisa. A minha prima acompanhava-me
e verificava comigo mas a motorista arrancou. Eu pedi que ela esperasse ali um
pouco, que eu voltava para trás para ver se me tinha esquecido do meu saco que
por acaso tinha lá a carteira dentro e esta, por sua vez, tinha o cartão das
senhas.
Ela ainda carregou mais a fundo no autocarro e começou a
resmungar. Entretanto eu verifiquei que afinal trazia a mochila às costas mas
não disse nada, já que a criatura foi tão arrogante para mim. Agora também não
ia picar a senha, por causa das coisas, e ia continuar a resmungar também.
O autocarro ia cheio de gente e todos estavam a olhar para
nós porque eu fui dizendo que, se ela não esperava por mim, não tinha outro
autocarro e ainda era longe para ir a pé. Já ia cá com uns nervos…
Comecei a empurrar toda a gente lá para trás e constatei com
assombro que o autocarro estava vazio nos bancos de trás. Mas que raio fazia
aquela gente toda quase à frente da porta. Não. Agora é que eu não ia mesmo
voltar para trás e picar a senha.
Fiquei calmamente lá atrás com a minha prima e com o meu
telemóvel. Não queria saber daquela criatura que ia a conduzir o autocarro.
Pois é, hoje é dia de andar de autocarros. Vamos a ver como
corre!
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