Desta vez não é um pesadelo, apesar de eu ainda não acreditar que a Teka foi atropelada no passado Domingo pelo mesmo veículo que há cerca de nove anos também matou o Raider.
A minha mãe ligou-me esta tarde e logo notei pela sua voz que as coisas não estavam a correr bem lá por casa. Começou por me falar nas facturas que esperavam por mim lá em casa para eu pagar, indo depois para as más notícias da morte da Teka.
O meu pai achou a gata preta e branca morta à entrada do portão do quintal. O dono da mercearia disse depois que de tudo fez para não apanhar algum dos dois gatos que se entregavam numa luta feroz até ao meio da estrada. Não conseguiu evitar o toque na Teka mas julgou que não a tinha matado, pois ela ainda tinha fugido. Não chegou foi a casa, segundo a minha mãe.
Outros assuntos afligem o coração da minha mãe. Adie encontra-se doente e a minha mãe não sabe se ela terá salvação. Restará a Feijoa em casa se se confirmar mais esta perda em poucos dias. E nós que sempre tivemos tantos gatos em casa.
Recordo-me de há duas semanas atrás ter partido para Coimbra e as três gatas incrivelmente encontravam-se em casa. Eu até comentei esse facto. Seria a última vez que as veria a todas. A Teka chegou depois e eu voltei para trás para lhe fazer festas. A minha mãe disse-me para me despachar mas eu voltei para trás para acariciar o pelo macio como seda da Teka. Seria a última vez que o fazia. Cheguei-lhe a perguntar se estava frio lá fora.
Dada a frequência com que andava na estrada, quase sendo atropelada em várias ocasiões, estava bom de ver que um dia chegaria o momento fatal. Ele chegou no passado Domingo.
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