Wednesday, April 30, 2014
“Nas Tuas Mãos” (impressões pessoais)
Esta é uma obra com uma estrutura bastante original. A narrativa é-nos contada por três mulheres de diferentes gerações, unidas por laços familiares (não propriamente por laços de sangue).
Na primeira parte temos o diário de Jenny contando as suas memórias, especialmente o amor que devotou a António, mesmo sabendo que ele não lhe poderia retribuir da mesma maneira por manter uma relação homossexual com Pedro. Naquele tempo jamais era bem vista uma relação amorosa entre dois homens. A forma de contornar essa situação foi o casamento de Jenny com António para permitir que este continuasse, dentro das paredes de casa, a manter a sua relação com Pedro.
Jenny criou a filha que Pedro teve com outra mulher como se fosse sua filha. Essa filha chama-se Camila e viveu as agruras da Ditadura. Chegou a ser presa por nutrir pensamentos e atitudes de esquerda. Camila tornou-se fotógrafa e narra a história da sua vida através do seu álbum de fotografias. Depois de um raio ter levado o namorado numa praia, Camila viaja para Moçambique para fotografar a Guerra Colonial. É aí que conhece Xavier e com ele se envolve. Dessa relação fortuita nasce Natália. Xavier morre na Guerra.
Através das cartas que escreve a Jenny (mesmo depois de esta já ter morrido) Natália narra a sua vida, as suas angústias e preocupações. Ela é arquitecta e independente, nada das preocupações e dos sobressaltos vividos pelas duas antecessoras.
Apesar de não ser grande admiradora de literatura sem ser de acção e de suspense, achei esta obra interessante, especialmente a forma como foi escrita.
Se quero acção e suspense, então volto a Tess Gerritsen. Desta vez vou ler a prometedora obra “Seita Maldita”.
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