Não podia começar esta crónica sem agradecer do fundo do meu
coração aos meus companheiros que foram incansáveis nesta dura jornada e
permitiram que eu chegasse ao fim da caminhada sã e salva face às agruras do
percurso. Foram de facto fantásticos.
Não se esperavam facilidades em Gois nesta manhã de Domingo
que começou algo encoberta mas que até proporcionou um tempo agradável para se
fazer um percursos tão exigente como este.
A caminhada era de grau de dificuldade elevado. Normalmente
quando vejo que há dificuldades de grande monta, nem me costumo inscrever. Neste
Domingo arrisquei um pouco, até porque já tinha ficado por cá para a actividade
do dia anterior. Encarei esta caminhada como um desafio- o Desafio Gois.
No fundo, toda a gente ali sentiu dificuldades com o
percurso. Havia imensas subidas e a esmagadora maioria dos participantes queixava-se
disso mesmo. Eu, pelo contrário, apontava uma descida interminável, com
ribanceiras e pedras, como a parte mais difícil do percurso. Nunca vi coisa igual!
Foi aí que necessitei da preciosa ajuda dos meus companheiros. Em baixo havia o
abismo e eu cheguei mesmo a ir por ali abaixo. A sorte é que tinha as unhas
grandes e agarrei-me tipo gato ao que encontrei. Também houve quem me tentasse
puxar para cima. Mais do que uma pessoa. Dava a sensação de que aquela descida
ia dar às entranhas do Inferno. Só podia.
Quando avistei terra firme, a sensação foi deliciosa mas
logo embrenhámos em trilhos que não auguravam facilidades. Avistar o autocarro
depois e chegar lá dentro foi um alívio. A sensação de missão cumprida
enchia-me o espírito.
Ainda tirei algumas fotos, apesar de ter sido esta a
caminhada mais difícil que fiz.
No comments:
Post a Comment