Tempos houve,
amplamente relatados nos posts iniciais deste blog, em que tudo o que
aparecia mal feito naquela ACAPO era culpa minha. Depois o tempo
veio-me dar razão. Esses tempos conturbados já passaram mas ainda
volto a eles em sonhos. Acontece qualquer coisa e saio sempre
malvista de situações inusitadas, das quais não tenho outra opção
a não ser tomar a atitude que tomei. Depois acordo e tudo fica bem.
Estava na minha hora
de almoço e resolvi vir para cima, para a ACAPO, ver como corria um
evento multidisciplinar. Eu só ia participar num evento de Goalball.
Sentei-me a uma mesa
no bar com alguns dos meus amigos mas nada fazia prever que um deles
me agarrasse e me tentasse beijar na boca. Imediatamente o afastei.
Posso ter sido um pouco brusca, não o nego, mas fui apanhada de
surpresa e não queria nada mais com ele para além da amizade. O que
é certo é que ele ficou destroçado e eu fiquei sem saber o que
fazer. Magoei-o mas nada podia dar para além da amizade. O que podia
eu fazer?
Ao verem o estado
desolado dele, logo vieram cair-me em cima quantas pessoas lá
estavam. Para não variar, não sei de onde saiu, veio a minha irmã
armada em moralista para me enterrar. Com ela vieram outras pessoas.
Eu já não estava
ali a fazer nada. Corri para a rua alegando que já era tarde. Nem me
despedi de ninguém. Olhei para o Céu e fiquei ainda mais
aborrecida. Estava a escurecer e eu tinha de estar às duas horas a
picar o ponto. A julgar pela escuridão que se fazia sentir, já
deviam ser aí umas cinco da tarde.
Que vida a minha!
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