Não é novidade
para ninguém que o Futebol é uma das minhas grandes paixões. Não
sei se gosto mais de Futebol ou de livros. E se juntássemos o melhor
de dois mundos? Sairia um livro que se lê de uma penada. Desses em
que pegamos e só paramos na última página. Foi quase o que
aconteceu aqui.
Sérgio Pereira do
MaisFutebol compilou frases e história inesquecíveis do Futebol
Mundial para nos arrancar algumas gargalhadas. Personagens da nossa
praça, umas mais conhecidas do que outras, são protagonistas desta
obra indispensável a quem ama o Futebol como eu.
Entretanto, enquanto
fui lendo, ia-me lembrando de histórias passadas no Futebol cá do
burgo. Ainda dizem que hoje o Futebol está uma lástima. Aí a meio
dos anos noventa é que tudo fervilhava por aqui. Quando li sobre
Jorge Coroado e a rábula dos cartões ao Caniggia, lembrei-me que,
uns anos antes, tinha feito algo parecido num jogo do Torreense ao
jogador Rosário, salvo erro. Ainda Jorge Coroado transportou-me aos
escaldantes dérbis tripeiros de outros tempos entre o Porto e o
Boavista. Uma vez, salvo erro na época 93/94, Jorge Coroado apanhou
do relvado do Bessa...uma garrafa de vinho daquelas de vidro verde
escuro. Agora só arremessam tochas e coisas dessas. Antigamente é
que era. Levavam a garrafa do vinho para o estádio, bebiam-no e
depois ainda arremessavam a garrafa para o campo. E por falar em
estádio do Bessa e em jogos entre o Boavista e o Porto, por outra
vez arrumaram ao Jardel...um capacete. Um capacete ainda é uma coisa
pesada. Como é que chegou à relva? Também era frequente naquele
estádio serem arremessados sapatos. E depois como é que as pessoas
iam para casa? Descalças? Ou então aproveitavam e levavam sapatos
velhos para o arremesso. Em vez de os deitarem para o lixo, tinham
outra utilidade que era serem enviados na direção dos jogadores do
Porto, especialmente do Jardel. Talvez o Jardel tenha sido em
Portugal a maior vítima de arremesso de objetos. Aqui em Coimbra foi
com moedas que o presentearam. Eu vi esse jogo e quase levei com uma
moeda dessas quando estava ao pé do autocarro do Porto a falar com o
Drulovic.
E naquele tempo não
havia redes sociais…
Esta obra atravessa
gerações de futebolistas e de adeptos. São histórias mais
antigas, outras mais recentes. Tudo em prol do divertimento. Adorei
esta obra!
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