Tuesday, April 17, 2018

“As Melhores Histórias Do Futebol Mundial” (impressões pessoais)

Não é novidade para ninguém que o Futebol é uma das minhas grandes paixões. Não sei se gosto mais de Futebol ou de livros. E se juntássemos o melhor de dois mundos? Sairia um livro que se lê de uma penada. Desses em que pegamos e só paramos na última página. Foi quase o que aconteceu aqui.

Sérgio Pereira do MaisFutebol compilou frases e história inesquecíveis do Futebol Mundial para nos arrancar algumas gargalhadas. Personagens da nossa praça, umas mais conhecidas do que outras, são protagonistas desta obra indispensável a quem ama o Futebol como eu.

Entretanto, enquanto fui lendo, ia-me lembrando de histórias passadas no Futebol cá do burgo. Ainda dizem que hoje o Futebol está uma lástima. Aí a meio dos anos noventa é que tudo fervilhava por aqui. Quando li sobre Jorge Coroado e a rábula dos cartões ao Caniggia, lembrei-me que, uns anos antes, tinha feito algo parecido num jogo do Torreense ao jogador Rosário, salvo erro. Ainda Jorge Coroado transportou-me aos escaldantes dérbis tripeiros de outros tempos entre o Porto e o Boavista. Uma vez, salvo erro na época 93/94, Jorge Coroado apanhou do relvado do Bessa...uma garrafa de vinho daquelas de vidro verde escuro. Agora só arremessam tochas e coisas dessas. Antigamente é que era. Levavam a garrafa do vinho para o estádio, bebiam-no e depois ainda arremessavam a garrafa para o campo. E por falar em estádio do Bessa e em jogos entre o Boavista e o Porto, por outra vez arrumaram ao Jardel...um capacete. Um capacete ainda é uma coisa pesada. Como é que chegou à relva? Também era frequente naquele estádio serem arremessados sapatos. E depois como é que as pessoas iam para casa? Descalças? Ou então aproveitavam e levavam sapatos velhos para o arremesso. Em vez de os deitarem para o lixo, tinham outra utilidade que era serem enviados na direção dos jogadores do Porto, especialmente do Jardel. Talvez o Jardel tenha sido em Portugal a maior vítima de arremesso de objetos. Aqui em Coimbra foi com moedas que o presentearam. Eu vi esse jogo e quase levei com uma moeda dessas quando estava ao pé do autocarro do Porto a falar com o Drulovic.

E naquele tempo não havia redes sociais…

Esta obra atravessa gerações de futebolistas e de adeptos. São histórias mais antigas, outras mais recentes. Tudo em prol do divertimento. Adorei esta obra!




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