Se julgavam que a fonte dos sonhos estranhos e despropositados se tinha esgotado, desenganem-se. Este é ainda mais estranho. E não, não é a continuação da história de ontem. nem tem nada a ver.
Por onde começar? Apesar de ter sonhado com muitas outras coisas antes, o sonho começa a ganhar contornos de narrativa quando a família se encontra toda reunida em minha casa. Há ali gente que não conheço e há ali familiares meus. A reunião daquela noite estava envolta em algum mistério. Não era uma reunião para comer e para beber.
Feijoa estava deitada numa das poltronas pequenas. A sua magreza chamou-me a atenção mas depois lembrei-me que ela tinha estado doente.
Estavam ali umas amigas minhas, sendo uma delas amiga comum da minha irmã e (o mais estranho de tudo) um jovem que existe na realidade mas não tem qualquer ligação afectiva comigo. O nome dele é Moaz.
Estava tudo preparado para as cerrimónias ou lá o que era. Inicialmente a nossa ideia era fazer o que quer que fosse com toda a gente. Eu disse que era melhor deixar a Feijoa recuperar um pouco, que podia ser arriscado.
A minha irmã estava apreensiva. A minha amiga ia fazer aquele ritual a ela própria e foi por isso que a minha irmã perguntou se aquilo tinha a ver com Reiki ou com Yoga. Eu disse que não. Era outra coisa diferente e mais arriscada.
Num final de tarde, a minha amiga decidiu intervir nela propria...e na Feijoa. Eu continuava apreensiva porque, segundo percebi, aquilo implicava o ser ficar algum tempo doente, inanimado ou lá o que fosse. Ela sossegou-me dizendo que era justamente por isso que ia fazer ela ao mesmo tempo da minha gata. Podia intervir nas duas para que nada de fatal acontecesse ali.
Ela cumpriu o ritual. No dia seguinte ou uns dias depois, ela e a Feijoa estavam mais fortes. Como a Feijoa engordou! Tinha voltado à sua notável forma. O pêlo dela estava diferente, mais forte, mais lustroso. nem parecia a mesma.
Deve ter passado mais um tempo, um dia, dois...A minha família cabia toda no carro do meu cunhado. A minha irmã chamou-me e fomos no carro até escassos metros acima. Eles disseram que se iam todos embora e que eu podia ficar ali com a casa. Os meus pais iam com eles, as minhas amigas iam com eles...e a Feijoa ia tambem. O estranho é que a Adie ficava na casa comigo e...com o Moaz que até nem vivia ali permanentemente. Em suma, ficava eu e a Adie.
Penso que o crritério para ficarmos prendeu-se com o facto de não termos sido iniciados. A Adie não deve ter deixado. Conheço-a bem. Eu sou estranha, talvez não conseguissem as outras pessoas iniciar-me a mim. Teria de ser eu própria. Lembro-me de a minha amiga me dizer que me tinha de iniciar a mim própria e a mais uma pessoa ao mesmo tempo, tal como fez ela com a Feijoa. Nao sei quem iniciou os restantes mas não fui eu.
Ficava então eu ali com a Adie. Deixaram a Adie para eu iniciar?!! Ainda havia o jovem Moaz que ninguém iniciu porque, quando era suposto fazê-lo, ele encontrava-se bastante doente e não foi possível. Tinha eu de esperar que ele recuperasse. Talvez a ideia fosse mesmo essa, eu iniciar a Adie, o Moaz e a mim ao mesmo tempo. Seriam ali criadas três entidades bem fortes. Se calhar foi por isso que os outros se colocaram a milhas, digo eu.
Ali fiquei naquele final de tarde, com a luz do meu quarto acesa e as portas todas fechadas. Náo sei onde estava a Adie. Estava mesmo ali isolada.
Acordei. Já eram quase horas de o despertador tocar. Estava ali a pensar em algumas coisas estranhas deste sonho. Algumas questões me assolavam. Porquê terem levado a Feijoa? A explicação mais lógica que encontrei foi a que referi algumas linhas acima. Todos foram iniciados e por isso me deixaram para trás. A mim e a mais duas entidades que não foi possível iniciar. Faço também a mesma pergunta. Porquê aquele jovem entrar no sonho, já que ele é um entre tantos que costumo ver nas redes sociais? Aí talvez haja uma explicação. Ontem à noite tinha visto uma foto dele e reparei que ele estava parecidíssimo com o Saleh Gomaa. Não com o Saleh Gomaa de agora, mas sim com o que eu conhecia no Nacional da Madeira. Ele penteou o cabelo como ele e até trazia uma camisola parecida. Talvez o Moaz seja mais alto que o Saleh mas parecia mesmo ele. Neste sonho, o Moaz trazia justamente essa camisola vestida.
Toda esta história não será tão estranha como parece porque, também ontme à noite, lia mais um excerto do meu livro onde tanto se falou de ritos iniciáticos de vária índole. Este é mais um ritual novo. Nem cheguei a saber o que se fazia aqui para iniciar as pessoas, apenss sei que elas ficavam debilitadas por umas horas e depois regressavam fortes. Isso notou-se na Feijoa.
E assim se passou produtivamente uma jornada onírica.
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