Aqui está mais um exemplo de um sonho que poderia dar uma história valente, desta vez para um filme de acção e suspense.
Como boa história de suspense que se preze, também este sonho teve várias mudanças de cenário enquanto decorria a cena principal. A ela voltava quase sempre para se fazer um ponto de situação.
Eu estava presente em todas as variantes do sonho e nelas participava activamente. Sentia-me a mover mesmo dentro do sonho. Numa ocasião, havia mesmo uma banda sonora de música rock para demonstrar que se estava mesmo numa cena de acção. A música parece não existir na realidade.
Para além de mim, participava em todas as cenas uma colega minha. Era ela a chave para aqueles acontecimentos mas não sei precisar que papel desempenhávamos ambas ali. Estávamos do lado dos maus ou dos bons? Eu estava do lado dos que conspiravam para enviar uma construção recente pelos ares mas a minha dúvida era se os da construção eram os maus e nós éramos os bons, se o contrário. Quanto à minha colega, essa, não sabia de que lado estava. Penso que ela era uma espécie de heroína, talvez fosse a personagem principal desta trama.
Numa das partes do sonho, eu ajudava-a a atar uma bata branca pelas costas. Isto antes do primeiro capítulo da cena no exterior em que a construção de contraplacado estava pronta e já alguém preparava outra do outro lado do caminho de terra batida com explosivos para mandar tudo pelos ares. Tudo era preparado com meticulosidade.
Ainda acordei sem saber que horas eram, o sonho ainda conheceu outros contornos, dos quais não me recordo muito bem, mas logo retomava ao mesmo local onde estava ao longe uma bomba-relógio numa construção de contraplacado, enquanto que os outros estavam orgulhosos da sua própria construção de contraplacado que, sem o imaginarem, alguém tencionava enviar pelos ares e com eles lá dentro.
Os meus companheiros mandaram-me afastar para um local seguro mas o local seguro era…atrás da casa que queriam mandar pelos ares, imagine-se. Só mesmo em sonhos!
Acordei ou o sonho conheceu outros contornos. Deu não sei quantas voltas, até que estávamos novamente no mesmo local, atrás da casa que ia explodir, exactamente como ficámos da última vez. A casa que tinha a bomba, do outro lado do caminho, começava a deitar fumo branco. Os outros aperceberam-se e começaram a tomar providências. As providências que tomaram foram desmanchar rapidamente a casa deles, antes que fosse pelos ares. O que aqui era estranho era o facto de a casa da bomba deitar fumo para o exterior. Além disso, nunca vi na realidade ou no cinema um local com uma bomba deitar fumo antes de explodir. Normalmente a explosão não se faz anunciar. Não. Aquele era um explosivo especial de corrida, construído à base de subconsciente, com uma brutal carga onírica. Tinha de deitar fumo antes de explodir e rebentar com tudo. Ah, e era uma bomba muito selectiva. Nós estávamos junto da casa que queríamos mandar pelos ares a ver os outros a arrumarem a sua estrutura e a carregarem-na para outro lado sem fazermos nada. Aparentemente, embora estivéssemos perto deles, a bomba só os mataria a eles, só destruiria as coisas deles. Era vê-los desfeitos, pelos ares, a passarem-nos por cima e nós sem sequer uma chamuscadela. Os sonhos são assim mesmo.
A casa da bomba continuava a deitar fumo cada vez mais espesso, viam-se já chamas e os nossos opositores desapertavam os últimos parafusos da construção que queríamos ver destruída. Iriam eles conseguir sair dali antes que a bomba explodisse? Arrumariam eles tudo a tempo? E nós? O que nos aconteceria?
Todas estas perguntas ficaram sem resposta. Estava focada na casa de onde saía fumo e ameaçadoras chamas alaranjadas quando o despertador tocou. Sentia frio. A roupa da cama estava quase toda no chão.
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