FÉRIAS- essa palavra mágica capaz de alterar drasticamente o estado de humor de qualquer pessoa sempre que é mencionada. Até ontem, sempre achei que qualquer Ser Humano à face da Terra adorasse ter férias. Como me enganei!
Os campeonatos nacionais de futebol profissional vão sofrer uma longa pausa que coincide com o Natal e o Ano Novo. Com a subtracção de quatro jornadas nos campeonatos, que resultou da passagem de dezoito equipas para as actuais dezasseis, ficou uma lacuna irreparável que está a causar grande celeuma.
Inacreditavelmente, alguns dirigentes e treinadores de Futebol ficaram agastados com estas férias. Dizem estes entendidos que isto só vai estragar um pouco o que foi feito e que terá de ser necessário recorrer-se a uma nova pré-época.
Aqui em Portugal nunca se pára o campeonato na época de Inverno, tal como acontece um pouco por essa Europa fora em virtude dos rigores da estação mais fria. Este ano, como acima referi, irá haver a experiência de uma paragem semelhante, embora por outros motivos que não o frio e a neve. Os seus efeitos só para meados de Janeiro se sentirão quando as equipas (já com jogadores novos, contratados na reabertura do mercado) regressarem parra disputar o que falta e decidirem os seus destinos nas respectivas competições.
Antes de começarem as tão famigeradas férias, há equipas que ainda irão jogar esta semana. Na próxima quinta-feira irá decorrer ainda o jogo em atraso da primeira jornada entre o Benfica e o Belenenses. Este jogo foi adiado em virtude da confusão gerada na sequência do “caso Mateus”.
Por motivos diferentes, também o Sporting entrará em campo na próxima quinta-feira. Os leões de Alvalade deslocar-se-ão à Madeira para defrontar o União local numa partida antecipada da Taça de Portugal. Os restantes jogos estão agendados para o final das férias, no dia 7 de Janeiro.
E assim surge um dado novo no nosso Futebol: poucos gostam daquelas férias. Talvez porque o tempo não convide para dar uns mergulhos nas praias do Algarve.
Quando saí de casa estava um nevoeiro cerradíssimo em Anadia e arredores. As fotos que acompanham este texto demonstram isso mesmo. Do frio nem adianta falar. Estamos quase no Inverno. Se estivesse calor, aí já dava um belo de um texto.
Quando cheguei a Coimbra, deu-se uma pequena confusão na paragem. Devo ter ficado com as orelhas quentes de tanto aquelas criaturas falarem mal de mim. Minhas senhoras, eu vejo mal para vossa informação. As senhoras é que se colocaram à minha frente a estorvar quem queria entrar nos autocarros. As criaturas disseram cobras e lagartos de mim. O autocarro arrancou e eu ainda as ia a ouvir na paragem. Ficaram tão indignadas. Tadinhas delas! Que peninha! Disseram que eu era mal-educada e que tinha empurrado as pobres velhinhas. Nem me apercebi. A confusão era muita. Era segunda-feira.
O dia não me estava a correr de feição. Disseram a alguns que havia bolo-rei e frango que restou da Festa. Não me disseram nada a mim. Eu fui aos arames. O frango dava-me bastante jeito para comer ao jantar. Não cozinho e à noite passo com qualquer coisa. Depois tinha direito a isso porque não fiquei para o lanche. Isso ainda me indignou mais. E eu até fui com fome parra casa. Depois quando lá cheguei, os meus pais já estavam deitados e pouco lá havia. Não contavam que eu ainda viesse. Agora mesmo é que eu não volto a pôr os pés em festas de Natal. Já me tinha chateado um ano. Se é para fazer assim…mas porque é que eu não comi lá ao meio-dia. Avisaram-me tarde. É sempre a mesma coisa. Quando é para me aborrecerem, chegam a tempo e a horas.
As aulas foram dedicadas à avaliação dos formadores. Tivemos de mudar de sala várias vezes. Tudo parra me irritar!
Para complicar ainda mais as coisas, ainda me mudaram a caixa do “amigo invisível” do sítio. Tantas caixas ali e só mudaram a minha. Queriam me chatear e tiraram aquele dia. Mais nada.
A dança das salas continuou. Era demais!
Se já não bastassem as pessoas, também os cães me queriam chatear. Um tentou-me morder.
Também no treino as coisas não me correram bem. Para começar, logo vesti a camisola ao contrário. Riam-se! É que essa camisola tem um capuz. Dei dez voltas à pista em mais de 30 minutos e estava cansada. As pulsações isso demonstravam. Para que conste, o tempo gasto em corrida foi, mais precisamente, 31.10 minutos. Até a registar o treino fui um desastre a julgar pela riscanhada que para aqui vai.
Depois daquela desgraça toda fui ao Pingo Doce e no regresso fui contra umas pessoas no passeio. Tudo para me desviar de umas plantas.
Talvez em casa as coisas seriam diferentes. Mas não! Para começar, a torneira da casa de banho não deitava uma gota de água. Talvez os canos tenham entupido com o frio. Justamente por causa do frio, fui procurar o cobertor azul quentinho que o ano passado tinha na minha cama. Tive de subir a um banco para o resgatar.
Aquele dia chegava ao fim. O que estava mesmo a dar que falar nos últimos dias era o livro de Carolina Salgado. Como não podia deixar de ser, mandei a minha irmã ver se me arranjava um para eu ler. Foi o que eu fiz no final daquela noite.
Situação do dia:
Fui ao Pingo Doce e aproveitei para comprar uns presentes para oferecer nesta quadra natalícia. Fui embrulhá-los e quase saía sem pagar as compras.
Bacorada do dia:
“Você está a fazer disto um bico de sete cabeças.” (uma nova expressão idiomática, impossível de traduzir até em Português.)
Os campeonatos nacionais de futebol profissional vão sofrer uma longa pausa que coincide com o Natal e o Ano Novo. Com a subtracção de quatro jornadas nos campeonatos, que resultou da passagem de dezoito equipas para as actuais dezasseis, ficou uma lacuna irreparável que está a causar grande celeuma.
Inacreditavelmente, alguns dirigentes e treinadores de Futebol ficaram agastados com estas férias. Dizem estes entendidos que isto só vai estragar um pouco o que foi feito e que terá de ser necessário recorrer-se a uma nova pré-época.
Aqui em Portugal nunca se pára o campeonato na época de Inverno, tal como acontece um pouco por essa Europa fora em virtude dos rigores da estação mais fria. Este ano, como acima referi, irá haver a experiência de uma paragem semelhante, embora por outros motivos que não o frio e a neve. Os seus efeitos só para meados de Janeiro se sentirão quando as equipas (já com jogadores novos, contratados na reabertura do mercado) regressarem parra disputar o que falta e decidirem os seus destinos nas respectivas competições.
Antes de começarem as tão famigeradas férias, há equipas que ainda irão jogar esta semana. Na próxima quinta-feira irá decorrer ainda o jogo em atraso da primeira jornada entre o Benfica e o Belenenses. Este jogo foi adiado em virtude da confusão gerada na sequência do “caso Mateus”.
Por motivos diferentes, também o Sporting entrará em campo na próxima quinta-feira. Os leões de Alvalade deslocar-se-ão à Madeira para defrontar o União local numa partida antecipada da Taça de Portugal. Os restantes jogos estão agendados para o final das férias, no dia 7 de Janeiro.
E assim surge um dado novo no nosso Futebol: poucos gostam daquelas férias. Talvez porque o tempo não convide para dar uns mergulhos nas praias do Algarve.
Quando saí de casa estava um nevoeiro cerradíssimo em Anadia e arredores. As fotos que acompanham este texto demonstram isso mesmo. Do frio nem adianta falar. Estamos quase no Inverno. Se estivesse calor, aí já dava um belo de um texto.
Quando cheguei a Coimbra, deu-se uma pequena confusão na paragem. Devo ter ficado com as orelhas quentes de tanto aquelas criaturas falarem mal de mim. Minhas senhoras, eu vejo mal para vossa informação. As senhoras é que se colocaram à minha frente a estorvar quem queria entrar nos autocarros. As criaturas disseram cobras e lagartos de mim. O autocarro arrancou e eu ainda as ia a ouvir na paragem. Ficaram tão indignadas. Tadinhas delas! Que peninha! Disseram que eu era mal-educada e que tinha empurrado as pobres velhinhas. Nem me apercebi. A confusão era muita. Era segunda-feira.
O dia não me estava a correr de feição. Disseram a alguns que havia bolo-rei e frango que restou da Festa. Não me disseram nada a mim. Eu fui aos arames. O frango dava-me bastante jeito para comer ao jantar. Não cozinho e à noite passo com qualquer coisa. Depois tinha direito a isso porque não fiquei para o lanche. Isso ainda me indignou mais. E eu até fui com fome parra casa. Depois quando lá cheguei, os meus pais já estavam deitados e pouco lá havia. Não contavam que eu ainda viesse. Agora mesmo é que eu não volto a pôr os pés em festas de Natal. Já me tinha chateado um ano. Se é para fazer assim…mas porque é que eu não comi lá ao meio-dia. Avisaram-me tarde. É sempre a mesma coisa. Quando é para me aborrecerem, chegam a tempo e a horas.
As aulas foram dedicadas à avaliação dos formadores. Tivemos de mudar de sala várias vezes. Tudo parra me irritar!
Para complicar ainda mais as coisas, ainda me mudaram a caixa do “amigo invisível” do sítio. Tantas caixas ali e só mudaram a minha. Queriam me chatear e tiraram aquele dia. Mais nada.
A dança das salas continuou. Era demais!
Se já não bastassem as pessoas, também os cães me queriam chatear. Um tentou-me morder.
Também no treino as coisas não me correram bem. Para começar, logo vesti a camisola ao contrário. Riam-se! É que essa camisola tem um capuz. Dei dez voltas à pista em mais de 30 minutos e estava cansada. As pulsações isso demonstravam. Para que conste, o tempo gasto em corrida foi, mais precisamente, 31.10 minutos. Até a registar o treino fui um desastre a julgar pela riscanhada que para aqui vai.
Depois daquela desgraça toda fui ao Pingo Doce e no regresso fui contra umas pessoas no passeio. Tudo para me desviar de umas plantas.
Talvez em casa as coisas seriam diferentes. Mas não! Para começar, a torneira da casa de banho não deitava uma gota de água. Talvez os canos tenham entupido com o frio. Justamente por causa do frio, fui procurar o cobertor azul quentinho que o ano passado tinha na minha cama. Tive de subir a um banco para o resgatar.
Aquele dia chegava ao fim. O que estava mesmo a dar que falar nos últimos dias era o livro de Carolina Salgado. Como não podia deixar de ser, mandei a minha irmã ver se me arranjava um para eu ler. Foi o que eu fiz no final daquela noite.
Situação do dia:
Fui ao Pingo Doce e aproveitei para comprar uns presentes para oferecer nesta quadra natalícia. Fui embrulhá-los e quase saía sem pagar as compras.
Bacorada do dia:
“Você está a fazer disto um bico de sete cabeças.” (uma nova expressão idiomática, impossível de traduzir até em Português.)
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