Saturday, March 01, 2025

“A Invenção De Morel” (impressões pessoais)

 

Literatura sul-americana.

 

Um livro um pouco a roçar a fantasia e o absurdo.

 

Um homem foge da Venezuela onde foi condenado a prisão perpétua. Vai parar a uma ilha deserta perfeita para se esconder.

 

Com o passar do tempo, ele apercebe-se que a ilha é povoada por um conjunto de pessoas. Imediatamente ele teme que o encontrem.

 

Uma mulher vem sentar-se todos os dias á mesma hora a ver o pôr do sol e ele começa-se a apaixonar por ela. Ela chama-se Faustine e aparece com um amigo- Morel.

 

Sempre se escondendo, o foragido vai ouvindo conversas entre estes singulares personagens. Vai-os conhecendo a todos.

 

Mas nada disto é real.

 

“O Acidente” (impressões pessoais)

 

Descobri recentemente os livros de Freida McFadden e devo dizer que estou maravilhada. Pode-se dizer que não quero outra coisa.

 

Recém descoberta em Portugal graças ao fenómeno da criada, a autora norte-americana está a ver as suas obras publicadas no nosso  país a um ritmo vertiginoso. Um verdadeiro fenómeno.

 

Todos os meses está a ser publicado  por cá um livro desta autora e este foi mesmo o último. Penso que já existe outro que se passa numa floresta ou num local isolado.

 

Este livro vertiginoso conta a história de uma rapariga que engravida de um empresário de sucesso que é amigo do irmão. Usando drogas, Simon viola a protagonista deste livro e ela fica grávida. Simon propõe que ela não conte a história á polícia em troca de dinheiro que dá para ela viver com desafogo. Lembrando-se de repente que o sexo não foi consentido, ela rejeita o acordo, até porque está grávida de uma menina e não gostaria de ver a sua filha passar pelo mesmo.

 

O irmão da vítima oferece-lhe ajuda e diz-lhe para ficar uns dias em casa dele. A grávida mete-se á estrada no meio de uma tempestade de neve. Ela tem um acidente e fica  largo tempo dentro do carro quase a congelar. Passado algum tempo, uma carrinha surge com um homem daqueles que não gostaríamos de ver na berma da estrada. Trata-se de um matulão, com uma barba hirsuta. Imediatamente ela fica alerta e de pé atrás. Ela não confia no homem apenas e só porque ele é grande e tem a barba que praticamente lhe cobre o rosto. Logo ali ela fez o seu julgamento. Não podia confiar nele.

 

Ele leva-a para sua casa onde vive com a mulher que é enfermeira. Ferida e deslocada, a grávida imediatamente confia na mulher e teme o homem. Ela é uma cuidadora, não há nada a temer. Mais uma vez, um juízo de valor precipitado. Ainda para mais ela vê que a enfermeira tem uma nódoa negra num braço. Foi o marido que lhe fez aquilo, pensa a grávida que também cogita que a enfermeira está sempre em casa porque o marido não a deixa trabalhar. Quando eles discutem, ela pensa que é o homem que começa as discussões e parte para a violência. Pede á enfermeira para sempre ser ela a interagir com ela e não o marido.

 

Mas nem tudo o que parece é. Este livro alerta-nos para as conclusões precipitadas que tomamos apenas com base nas  aparências exteriores. Também nos mostra que por vezes o perigo vem de onde menos se espera e nem os nossos familiares são confiáveis, quanto mais os desconhecidos. Esta mulher aprende da maneira errada  a não se precipitar ao julgar e rotular imediatamente as pessoas. Afinal de onde veio o maior perigo para ela?

 

Simplesmente delicioso, este livro. Com suspense do início ao fim.